terça-feira, 9 de janeiro de 2018

O uso do anticoncepcional e a saúde da mulher

Utilizado por muitas mulheres não só para impedir uma gravidez indesejada e em outras situações de saúde, como no tratamento de algumas doenças, a pílula anticoncepcional é um método contraceptivo considerado extremamente confiável, com uma taxa de sucesso próxima a 99%.

Embora segura e disponível no mercado há muitos anos, o consumo pode acarretar alguns efeitos colaterais e impactar a saúde da mulher. Para abordar sobre os riscos e efeitos da pílula anticoncepcional, o Blog Conexão Saúde entrevistou a ginecologista do Hospital Samel, Daiana Baseggio. Confira abaixo.

Sangramento de escape
O efeito colateral mais comum dos contraceptivos orais são os chamados sangramentos escape. “Esses são perdas sanguíneas que ocorrem fora do período menstrual. Esse sangramento não indica falha na eficácia da pílula e não é considerado uma menstruação fora de hora. Geralmente ocorre nos primeiros ciclos de uso da pílula pela fragilidade da parede do útero, que costuma se tornar atrofiado pelo uso contínuo”.

De acordo com a ginecologista do Hospital Samel, uma das causas é o uso inadequado do anticoncepcional, principalmente quando a paciente se esquece de tomar o medicamento diariamente. Nestes casos, o sangramento se dá por variações súbitas nos níveis de hormônios e pode estar relacionado a uma falha no efeito protetor da pílula.

Ausência de menstruação

O nome dado à ausência de menstruação é Amenorreia. Segundo a Dra. Daiana, essa ausência é um fato esperado e programado quando há o uso contínuo do contraceptivo oral. Entretanto, a amenorreia também pode surgir nas mulheres que fazem o uso das pílulas clássicas, aquelas com 4 ou 7 dias de pausa no final de cada cartela. Nesta situação, a ausência de menstruação não é algo esperado, pois a pausa serve exatamente para que os níveis de hormônios caiam e a menstruação desça normalmente.

Risco de Trombose

Quando a mulher já tem pré-disposição a doenças cardiovasculares, o risco de desenvolver uma trombose eleva. Todavia, em mulheres jovens e saudáveis, o risco é muito baixo. “No geral, esse risco é existente durante os primeiros 12 meses do uso da pílula, e alguns fatores elevam esse risco, como a obesidade, idade acima de 39 anos, ser fumante, histórico familiar de trombofilias e outras doenças que interfiram na coagulação, entre outros”.


terça-feira, 16 de maio de 2017

Vitamina D reduz risco de menopausa precoce, revela estudo

Segundo pesquisa da Universidade Harvard, o consumo de vitamina D e leite de vaca pode contribuir para retardar o processo

Uma alimentação rica em peixes oleosos, como salmão, atum e sardinha, e ovos – ricos em vitamina D – pode evitar a menopausa precoce. De acordo com estudo publicado no periódico científico American Journal of Clinical Nutrition, o consumo de vitamina D através de alimentos e suplementos pode reduzir o risco da menopausa antes dos 45 anos em até 17%. 

Já os alimentos ricos em cálcio mostraram uma redução de 13%. Estudos anteriores já haviam sugerido que a vitamina pode retardar o envelhecimento dos ovários. Cerca de uma a cada dez mulheres enfrenta a fase da menopausa precoce – antes dos 45 anos -, aumentando os riscos de osteoporose, doenças cardíacas e diminuindo a fertilidade.


O estudo

Pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, analisaram 116.430 mulheres que trabalharam na área da saúde durante duas décadas. Durante esse período, as participantes registraram sua dieta em cinco ocasiões e 2.041 mulheres entraram na menopausa.

Resultados

Os resultados, levando em conta peso e histórico de amamentação, revelaram que aquelas que consumiram maior quantidade de vitamina D apresentaram um risco 17% menor para a antecipação do período fisiológico do que as outras. Já o consumo de cálcio foi associado a uma redução de 13% na probabilidade de menopausa precoce.

Acredita-se que o consumo de cálcio relacionado a redução da menopausa precoce pode ser explicada pela quantidade de hormônios no leite de vaca, retardando as mudanças hormonais naturais da mulher.

Em relação à vitamina D, segundo os autores, existem boas evidências de que a substância acelere a produção de hormônios que retardam o envelhecimento ovariano e a idade em que a mulher perde a capacidade reprodutiva. Isso é importante pois a menopausa surge justamente quando a mulher não produz mais óvulos.

“Acreditamos que o cálcio poderia influenciar, também, a idade ovariana porque no leite está presente hormônios como a progesterona, que pode ajudar a reduzir esses riscos“, explicou Alexandra.

Nos Estados Unidos, leite e queijo são fortificados com vitamina D. Segundo os pesquisadores, foram os laticínios os principais alimentos que indicaram a redução do risco de menopausa precoce e o resultado poderia ser diferente em outros países. No entanto, mais pesquisas são necessárias para comprovar se a ingestão de suplementos de vitamina D realmente afeta o atraso da menopausa.

Fonte: Veja.com

terça-feira, 21 de março de 2017

Conheça os exames preventivos que ajudam a manter a saúde da mulher

O hábito de ir ao médico periodicamente é de extrema importância para manter a saúde, tanto para os homens, quanto para as mulheres em qualquer idade. Porém, muitas pessoas ainda ignoram essa prática.

Quando se trata de saúde da mulher, é muito comum que fatores como a correria do dia a dia e as responsabilidades com o trabalho sejam apontados como responsáveis pelo adiamento das consultas.

A médica ginecologista do Hospital Samel, Dra. Tatiana Fernandes, informa que “o check-up deve ser visto como uma ferramenta importante para a prevenção de doenças, e a mulher deve se submeter não apenas aos exames ginecológicos, como também ir a consultas com um clínico geral e cardiologista para realização de exames complementares”.

Em entrevista ao blog Conexão Saúde, a Dra. Tatiana Fernandes explicou quais os exames são geralmente solicitados para garantir a boa saúde feminina.

Exame Preventivo (Papanicolau)
De acordo com a Dra. Tatiana, a realização do exame preventivo é essencial para diagnosticar alterações no colo do útero, que na maioria dos casos, são fáceis de tratar. “O exame Preventivo, também conhecido como Papanicolau, é recomentado a partir da primeira relação sexual e, desde então, deve ser feito anualmente”.

Mamografia
Exame de mamografia
O exame detecta anormalidades no tecido da mama, deve ser feito anualmente a partir dos 40 anos de idade. “O histórico familiar é um fator importante para iniciar a realização do exame mais cedo, para prevenção”.

Ultrassom transvaginal
A ultrassom transvaginal, assim como a mamária, geralmente não são pedidos como parte da rotina médica por serem específicos. “O objetivo desse exame é avaliar os órgãos do sistema reprodutivo da mulher”. Já a ultrassonografia mamária pode complementar o diagnóstico em caso de mamas mais densas durante a mamografia.

TSH
Segundo a Dra. Tatiana, o exame TSH é um exame de sangue indicado para verificar as funções da tireoide. Dependendo dos sintomas da paciente, ele pode ser solicitado antes dos 40 anos.

Glicemia
O exame de glicemia auxilia na identificação dos níveis glicêmicos no sangue, o que inclui para o diagnóstico da diabetes. Geralmente, é solicitado na consulta inicial.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Excesso de higiene íntima pode colocar a saúde das mulheres em risco, diz estudo



De acordo com um estudo realizado nos Estados Unidos, as mulheres que realizam higiene em excesso são duas vezes mais propensas a desenvolveram câncer de ovário. Estudos anteriores já associaram a lavagem vaginal, convencional ou com o auxílio de duchas, com infecções fúngicas, doenças inflamatórias pélvicas, gravidez ectópica, redução da fertilidade, HIV e outras doenças transmissíveis.
 
O estudo mais recente, publicado na revista Epidemiology, foi realizado pelo Instituto Nacional de Estudos Ambientais e Ciências da Saúde, e foi o primeiro a associar o câncer dos ovários com um procedimento praticado por milhões de mulheres em todo o mundo.

“Enquanto a maioria dos ginecologistas recomenda fortemente que as mulheres não utilizem duchas, muitas mulheres ainda utilizam porque acreditam na falsa ideia de que o hábito traga benefícios para a saúde, como o aumento da higiene”, disse a professora de epidemiologia, Joelle Brown, da Universidade da Califórnia, que não estava envolvida no estudo citado.

O câncer de ovário é conhecido por ser um assassino silencioso, muitas vezes as mulheres não identificam quaisquer sintomas até que a doença esteja num estágio avançado. Estima-se que, somente nos EUA, cerca de 20 mil mulheres sejam diagnosticadas com esse tipo de câncer todos os anos – e 14.500 delas acabam perdendo suas vidas na luta contra a doença, segundo dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC).

A nova análise feita pelos cientistas acompanhou mais de 41 mil mulheres nos EUA e em Porto Rico, desde 2003. As participantes tinham entre 35 e 74 anos e cada uma delas tinha uma irmã que havia sido diagnosticada com câncer de mama. No início do estudo nenhuma dessas mulheres foi diagnosticada com cânceres de mama ou ovário. No entanto, em julho de 2014, os pesquisadores notaram que 154 delas desenvolveram a condição nos ovários.

As mulheres que relataram uso de duchas durante o ano anterior ao estudo mostraram riscos dobrados do desenvolvimento de câncer, de acordo com os pesquisadores. A ligação entre as duchas e a condição ficou ainda mais forte quando os autores analisaram as mulheres que não tinham os genes de câncer de mama na família.

O canal vaginal é capaz de se limpar naturalmente, sem a necessidade de produtos ou outras misturas, itens que interferem no equilíbrio natural da região. O uso de duchas pode causar o crescimento excessivo de bactérias nocivas e infecções fúngicas, bem como empurrar alguns desses microrganismos para dentro do útero, trompas e ovários, de acordo com o Departamento da Saúde da Mulher, no U.S. Department of Health and Human Services (HHS).

Brown, que liderou um estudo publicado recentemente na revista PLOS, analisou as motivações por trás do hábito de utilização de duchas. Segundo ela, o método de limpeza já era praticado em 1.500 a.C., quando eram recomendadas pelos papiros lavagens intravaginais com alho e vinho para tratar distúrbios menstruais.

De acordo com ela, as mulheres, muitas vezes, aprendem esse tipo de hábito com as mães. Elas o fazem porque acreditam ser parte necessária de uma boa higiene pessoal na preparação para o sexo, após o sexo ou a pedido de seus parceiros.

Fonte: Jornal Ciência

Excesso de higiene íntima pode colocar a saúde das mulheres em risco, diz estudo



De acordo com um estudo realizado nos Estados Unidos, as mulheres que realizam higiene em excesso são duas vezes mais propensas a desenvolveram câncer de ovário. Estudos anteriores já associaram a lavagem vaginal, convencional ou com o auxílio de duchas, com infecções fúngicas, doenças inflamatórias pélvicas, gravidez ectópica, redução da fertilidade, HIV e outras doenças transmissíveis.
 
O estudo mais recente, publicado na revista Epidemiology, foi realizado pelo Instituto Nacional de Estudos Ambientais e Ciências da Saúde, e foi o primeiro a associar o câncer dos ovários com um procedimento praticado por milhões de mulheres em todo o mundo.

“Enquanto a maioria dos ginecologistas recomenda fortemente que as mulheres não utilizem duchas, muitas mulheres ainda utilizam porque acreditam na falsa ideia de que o hábito traga benefícios para a saúde, como o aumento da higiene”, disse a professora de epidemiologia, Joelle Brown, da Universidade da Califórnia, que não estava envolvida no estudo citado.

O câncer de ovário é conhecido por ser um assassino silencioso, muitas vezes as mulheres não identificam quaisquer sintomas até que a doença esteja num estágio avançado. Estima-se que, somente nos EUA, cerca de 20 mil mulheres sejam diagnosticadas com esse tipo de câncer todos os anos – e 14.500 delas acabam perdendo suas vidas na luta contra a doença, segundo dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC).

A nova análise feita pelos cientistas acompanhou mais de 41 mil mulheres nos EUA e em Porto Rico, desde 2003. As participantes tinham entre 35 e 74 anos e cada uma delas tinha uma irmã que havia sido diagnosticada com câncer de mama. No início do estudo nenhuma dessas mulheres foi diagnosticada com cânceres de mama ou ovário. No entanto, em julho de 2014, os pesquisadores notaram que 154 delas desenvolveram a condição nos ovários.

As mulheres que relataram uso de duchas durante o ano anterior ao estudo mostraram riscos dobrados do desenvolvimento de câncer, de acordo com os pesquisadores. A ligação entre as duchas e a condição ficou ainda mais forte quando os autores analisaram as mulheres que não tinham os genes de câncer de mama na família.

O canal vaginal é capaz de se limpar naturalmente, sem a necessidade de produtos ou outras misturas, itens que interferem no equilíbrio natural da região. O uso de duchas pode causar o crescimento excessivo de bactérias nocivas e infecções fúngicas, bem como empurrar alguns desses microrganismos para dentro do útero, trompas e ovários, de acordo com o Departamento da Saúde da Mulher, no U.S. Department of Health and Human Services (HHS).

Brown, que liderou um estudo publicado recentemente na revista PLOS, analisou as motivações por trás do hábito de utilização de duchas. Segundo ela, o método de limpeza já era praticado em 1.500 a.C., quando eram recomendadas pelos papiros lavagens intravaginais com alho e vinho para tratar distúrbios menstruais.

De acordo com ela, as mulheres, muitas vezes, aprendem esse tipo de hábito com as mães. Elas o fazem porque acreditam ser parte necessária de uma boa higiene pessoal na preparação para o sexo, após o sexo ou a pedido de seus parceiros.

Fonte: Jornal Ciência