Utilizado
por muitas mulheres não só para impedir uma gravidez indesejada e em outras
situações de saúde, como no tratamento de algumas doenças, a pílula anticoncepcional
é um método contraceptivo considerado extremamente confiável, com uma taxa de
sucesso próxima a 99%.
Embora
segura e disponível no mercado há muitos anos, o consumo pode acarretar alguns
efeitos colaterais e impactar a saúde da mulher. Para abordar sobre os riscos e
efeitos da pílula anticoncepcional, o Blog Conexão Saúde entrevistou a
ginecologista do Hospital Samel, Daiana Baseggio. Confira abaixo.
Sangramento de escape
O
efeito colateral mais comum dos contraceptivos orais são os chamados
sangramentos escape. “Esses são perdas sanguíneas que ocorrem fora do período
menstrual. Esse sangramento não indica falha na eficácia da pílula e não é
considerado uma menstruação fora de hora. Geralmente ocorre nos primeiros
ciclos de uso da pílula pela fragilidade da parede do útero, que costuma se
tornar atrofiado pelo uso contínuo”.
De
acordo com a ginecologista do Hospital Samel, uma das causas é o uso inadequado
do anticoncepcional, principalmente quando a paciente se esquece de tomar o
medicamento diariamente. Nestes casos, o sangramento se dá por variações
súbitas nos níveis de hormônios e pode estar relacionado a uma falha no efeito
protetor da pílula.
Ausência de menstruação
O
nome dado à ausência de menstruação é Amenorreia. Segundo a Dra. Daiana, essa
ausência é um fato esperado e programado quando há o uso contínuo do
contraceptivo oral. Entretanto, a amenorreia também pode surgir nas mulheres
que fazem o uso das pílulas clássicas, aquelas com 4 ou 7 dias de pausa no
final de cada cartela. Nesta situação, a ausência de menstruação não é algo
esperado, pois a pausa serve exatamente para que os níveis de hormônios caiam e
a menstruação desça normalmente.
Risco de Trombose
Quando
a mulher já tem pré-disposição a doenças cardiovasculares, o risco de
desenvolver uma trombose eleva. Todavia, em mulheres jovens e saudáveis, o
risco é muito baixo. “No geral, esse risco é existente durante os primeiros 12
meses do uso da pílula, e alguns fatores elevam esse risco, como a obesidade,
idade acima de 39 anos, ser fumante, histórico familiar de trombofilias e
outras doenças que interfiram na coagulação, entre outros”.